segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Painel Interativo da CBJE

Se você é autor publicado nas Antologias da CBJE pode postar uma poesia por dia neste blog. Basta clicar em "Comentários", digitar seu nome, cidade, email e, a seguir, o título e a poesia. Faça uma revisão criteriosa antes de publicar. As postagens não são automáticas (elas passam pela revisão dos moderadores).
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69 comentários:

  1. Thelma Regina Siqueira Linhares
    Recife - PE
    thelmalinhares@bol.com.br


    CATAVENTO (*)
    Thelma Regina Siqueira Linhares

    Brincadeira de criança
    Que se desfaz na roda-viva
    Da vida.


    (*) I Prêmio Literatura no Celular (entre os 10 classificados)- Fliporto 2008 - Porto de Galinhas/PE

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  2. Juarez do Brasil - Conselheiro Pena/MG
    juarezdobrasil@hotmail.com

    FRUTOS DO AMOR

    Nasceu!
    Perfeita,
    Linda...
    Nua te espera
    Corre, pai!
    ...

    Nasceu!
    Perfeito
    Lindo,
    Nu te espera
    Corre, pai!

    Corri
    Vislumbrei
    Emocionei
    Chorei
    Tomei em meus braços

    (Aos meus dois filhos maravilhosos, Maria Luísa e Daniel Filipe)

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  3. Angela Ramalho

    GEOGRAFIA POÉTICA

    Meu oceano,
    nada tem de pacífico.
    Ando incomodada,
    de maré baixa.
    O meu mar
    não está prá peixe.
    Eu te peço, amor:
    Não me deixe!

    Minha atmosfera,
    anda poluída.
    O buraco negro
    me atingiu em cheio.
    Meu rio secou,
    não tem nenhum peixe.
    Eu te peço, amor:
    Não me deixe!

    Num meio ambiente
    agora devastado,
    meu pobre planeta
    nada sustentável,
    agoniza em chamas
    de amor, que desleixe!
    Eu insisto, amor:
    Não me deixe!

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  4. Nilda Dias Tavares.
    Rio de Janeiro.

    Uma Noite de Amor.

    Nossos corpos nus e suados,
    Os lençóis amarrotados,
    O sabor misto de vinho e de beijo...
    Os olhos brilhantes de desejo!
    A respiração ofegante,
    O perfume excitante,
    Cabelos em desalinho...
    Palavras de Amor, baixinho!
    No vai-e-vem da emoção,
    No clímax da paixão,
    A explosão dos sentidos!
    Cansados e abatidos,
    Num delicioso torpor,
    Termina em doce langor
    A nossa noite de Amor!

    Publicada na II Antologia Internacional de Poetas Lusófonos – PORTUGAL!

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  5. Gélcio de Barros Sormani
    Mainz / Alemanha


    Solipsismo

    Não me interessam novas verdades,
    teorias, teses, proposições
    porque as coisas realmente importantes
    nada têm de novidade;
    Todo escrito é pretensão.

    Verdade que vale
    chega naturalmente,
    festiva e displicente,
    trotando no dorso de um pangaré biruta.
    O resto é alucinação.

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  6. Arteiro de Miranda
    Rio de Janeiro - RJ
    arteirodemiranda@yahoo.com.br

    Três por quatro

    Fria imagem estampada
    feito herma, cara espantada
    a pior idéia de mim

    Semblante vazio, sem vida
    figura besta, confesso, doeu
    saber que não tem jeito
    esse cara feio sou eu.

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  7. THIAGO DAMATO
    NITERÓI-RJ
    thiagodamato@oi.com.br

    AMOR ETERNO

    É mesmo amor o que sinto por ela
    Minhas pernas não tremularam
    Meu coração não acelerou
    Não senti o arrebatamento das paixões fugazes

    Ao abraçá-la com ternura
    Senti-me um viajante reencontrando seu lar aconchegante
    Meu peito pareceu encontrar seu pouso perpétuo
    E nela quero que esteja a dedicação absoluta de meu afeto

    A saudade me consome quando estou distante dela
    E o tempo apressa, nos levando a primavera
    Ainda assim, vou esperar o que tem o sol por revelar
    Fazendo preces para que se anuncie, o simples direito de amar.



    Poesia publicada na Antologia Literária "Poemas de Amor e Poesias de Paixão", lançada pela editora carioca Litteris.

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  8. Jussára C Godinho - Ju Virginiana
    Caxias do Sul - RS
    jussarago@hotmail.com

    Solidão

    O dia azul
    aguardava o sol
    Todos acordavam felizes
    e EU, só
    Tão só!

    O sol quente
    dourava a pele
    Todos andavam felizes
    e EU, só
    Tão só!

    A água morna
    acariciava a pele
    Todos mergulhavam felizes
    e EU, só
    Tão só!

    A noite serena
    acalentava o sono
    Todos sonhavam felizes
    e EU, só
    Tão só!

    A madrugada calma
    aguardava a aurora
    Todos se amavam felizes
    e EU, só
    Tão só!

    E novamente EU só...Tão só...

    Jussára C Godinho - Ju Virginiana

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  9. Jussára C Godinho
    Caxias do Sul - RS
    jussarago@hotmail.com

    Poema triste

    Na rua o menino
    Tão pequenino
    Pedindo pão

    Meu Deus, que susto!
    Que mundo injusto
    Que gente tão grande
    E sem coração

    Que sofrimento
    Não tem cabimento
    Pobre criança ao desalento
    Sem ter solução

    Hoje criança nessa situação
    Amanhã um adulto
    De arma na mão!

    Jussára C Godinho – Ju Virginiana

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  10. Rosangela Bruno Schmidt Concado
    Iha da Magia /SC

    SE.

    Se todas as lágrimas do mundo pudessem ser só de emoção
    Se todos os estouros fossem apenas de festim
    Se todas os seres se considerassem “criaturas divinas do criador “
    Se todas as mães pudessem cuidar das suas criaturas com amor e por amor
    Se os espinhos fossem considerados presentes para o aperfeiçoamento da espécie
    Se não existisse distinção entre os seres,entre os mundos
    Se pudéssemos falar uma linguagem universal
    Se as crianças fossem tratadas com respeito carinho, amor
    Se todos ouvissem a mesma sintonia,os mesmos sons
    Se todos pudessem dar o que gostariam de receber
    Se aplicassemos no cotidiano o amor
    O mundo seria melhor, a vida uma dádiva e, a felicidade uma realidade !


    Flor do Córrego !

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  11. Angela Ramalho - Maringá-Pr.
    xavier.arr@gmail.com

    SE ME FOR PERMITIDO

    Se me for permitido, no ano que vem eu quero continuar mergulhando “de cabeça” na vida, com a mesma alegria de uma criança;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar apaixonada;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar amando: meu trabalho, minha vida, meus poemas, as pessoas a quem quero bem;

    Se me for permitido,no ano que vem quero amar nas horas de folga (e quero amar as horas de folga), mas também (e principalmente) quero amar também nas horas de atribulação;

    Se me for permitido, no ano que vem quero jogar paciência no computador, ganhar de mim mesma, gargalhar por bobagens;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar tentando ser feliz a todo custo;

    Se me for permitido, no ano que vem quero dormir e acordar de bom humor sempre;

    Se me for permitido e acima de tudo, no ano que vem quero continuar tendo esperança;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar agradecendo a Deus cada segundo, cada minuto, cada conquista, cada palavra amiga, cada lição de vida, por menor que seja;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar aprendendo sempre, mesmo naquelas experiências que resultarem em dor;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar agradecendo a Deus pela sabedoria que têm me dado e a qual tenho colocado em prática na missão que Ele me confiou;

    Se me for permitido, no ano que vem quero fugir dos contratempos (pois é claro que haverá contratempos);

    Se me for permitido, no ano que vem continuarei a dar uma rasteira no pessimismo, no baixo astral e nas pessoas negativistas;

    Se me for permitido, no ano que vem quero aceitar as minhas limitações, minhas fraquezas, dominar minha personalidade forte, bater de frente com a minha teimosia;

    Se me for permitido, no ano que vem quero fazer alguma coisa por aqueles que, porventura eu encontrar em meu caminho e que estiverem sem esperança;

    Se me for permitido, no ano que vem quero sempre ofertar uma palavra amiga, um ombro, um carinho a quem precisar;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar tendo tolerância por aqueles que passarem em branco em minha vida;

    Se me for permitido, no ano que vem quero entender o amigo que não soube me mostrar sua melhor face;

    Se me for permitido, no ano que vem quero ser capaz de me desculpar a quem magoei, ofendi ou decepcionei;

    Se me for permitido, no ano que vem quero aceitar com resignação aquilo que não pude realizar, seja por qual motivo for;

    Se me for permitido, no ano que vem quero aceitar as perdas pelas quais tiver que passar, entendendo que são essenciais para o meu crescimento;

    Se me for permitido, no ano que vem quero continuar a passar por todos os pesares: a dor, a solidão, a tristeza, entendendo que isso faz parte da minha evolução enquanto ser humano;

    Se me for permitido, o ano que vem eu quero continuar me entendendo melhor, pois só assim poderei entender o outro como meu semelhante;

    Se me for permitido, pois estou aqui de passagem, por ordem do Senhor da Vida e somente Ele pode determinar até quando...

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  12. Auristela Fusinato Wilhelm
    Ibirama - Santa Catarina
    auristelafusinato@yahoo.com.br

    NÃO DEIXE O SONHO MORRER

    Vá a luta, sê persistente
    Não deixe seu sonho morrer
    Se os sonhos existem sempre
    Viver é sempre um prazer.

    Não esqueça uma vez somente
    Quando acordar, de agradecer
    Vá a luta, sê persistente
    Não deixe seu sonho morrer

    O ontem já está dormente
    E não há mais nada a fazer
    Seja intenso, viva o presente
    Não deixe pra amanhã viver
    Vá a luta, sê persistente...

    Auristela Fusinato Wilhelm

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  13. Carlos Alberto Silva Freire
    Piritiba-Ba
    carlosfreiregad@hotmail.com
    Sorrir, lembrar ou esquecer.

    Meus Deus meus Deus; aonde eu devo viver:
    Vivo no mato sozinho; olhando o caminho,
    Esperando você.
    Estou sendo selvagem; estou virando um herói:
    Eu não tenho quem ame; Eu sou um bicho feroz.
    Cada dia que passa; eu vejo o tempo difícil:
    Já chega de solidão; pois o meu coração, só é de castigo.
    Ou meu Senhor! se chorar é sofrer;
    Será que devo sorrir? Será que devo lembrar? ou Será que devo esquecer.

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  14. Vem pra mim.

    Vem, amor...
    Vem alegrar a minha vida
    e estancar o sangue da ferida
    que teima em corroer meu coração!
    Vem saciar minha paixão!
    Vem matar a minha sede do teu beijo
    e por um fim na agonia do desejo
    que tortura as minhas noites, sem cessar!
    Vem me abraçar...
    Vem tocar meu corpo delicadamente
    e faz-me tremer de paixão, intensamente,
    tuas mãos desvendando meus segredos!
    Vem espantar todos os meus medos...
    Descobre com tua boca a minha sensualidade
    e deixa que eu descubra a tua sensibilidade
    nas lágrimas da tua emoção!
    Vem pra mim...
    Acalma de uma vez esta paixão!

    Nome: Nilda Dias Tavares.
    Cidade: Rio de Janeiro.
    E-mail: gitana45dias@yahoo.com.br
    Título: "Vem pra mim".

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  15. Meus ruídos noturnos

    Quando a noite me abandona,
    só em meus segredos;
    Confiante só em mim; tenho medo.
    E a lua se evacua por sobre nuvem negra;
    eu tenho a calma dos ponteiros.
    Sou um rio e desaguo em mim mesmo;
    sou um homem, termino em mim mesmo;
    sou um deus e termino nesse homem;
    que frustração!
    E os tratores, os bondes, os jornais, os apitos.
    Amanhã me recuso a dormir, quero sentir
    e viver todo esse hétero silêncio.

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  16. Maria Helena S. Fereira Camilo - Lagamar, MG. pcamilos@netsite.com.br

    Presença!

    Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
    Por que invades assim o meu peito?
    Por que te instalas assim no meu leito,
    Tirando-me a paz, deixando a tortura?

    Com esse olhar oblíquo, aí estás brejeira,
    Sorrindo, chamando-me com lábios de mel.
    Dissimuladamente vens roubar-me o céu,
    Ora anjo, ora demônio, assim tão faceira!

    Mas não posso tocar tua pele nua,
    Estás longe, escondida além da lua.
    Como transpor essa muralha?

    Sonho possuir-te... Não temo o que vem depois...
    Dou a vida por esse amor louco de nós dois,
    Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

    (ousando poetar com o Mestre Machado, Soneto nºII)

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  17. Nilda Dias Tavares.
    Rio de Janeiro.
    gitana45dias@yahoo.com.br


    Coração Perdido.

    Meu coração está machucado...
    Dentro do meu peito, encolhido, acabrunhado!
    Desorientado de tanto amor!
    Perdeu toda a razão e o discernimento!
    Não consegue entender o sentimento
    de rejeição ou de paixão
    e bate sem cadência no meu peito!
    Um pulsar imperfeito...
    Insatisfeito, sem ritmo e sem ânimo,
    bate lentamente, em desânimo,
    querendo parar de uma vez!
    Há! Quanta insensatez!
    Por que amar assim, com essa ânsia desmedida?
    Por que sofrer assim, deixando em meu peito essa ferida?
    Há! Coração bandido...
    Dentro do meu peito tão perdido,
    sentindo-se tão derrotado!
    Que loucura, amar sem ser amado!

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  18. Lenir Mattos de Moura
    Arraial do Cabo - RJ
    estevaoleninha@arraialweb.com.br

    Momento de Felicidade

    Um grito no ar.
    Um sorriso banhado de lágrimas.
    O aperto na garganta.
    A sensação inexplicável
    Que toma conta de mim
    Um momento. Um minuto.
    O infinito.
    Alegria!!
    A emoção contida no peito.
    Coração saltando descompassado.
    Pensamentos entrecortados
    De lembranças passadas.
    Um corpo tremendo.
    Aperto na alma.
    Êxtase!!!
    A lágrima molhando meu sorriso.
    Inexplicável sensação
    Que me faz chorar e rir.
    Meu corpo anestesiado
    Pela emoção intensa.
    De um sonho realizado.
    Um grito abafado de incredulidade.
    Um choro feliz.
    Um sorriso.
    Isto é felicidade!!!!!!
    (Lenir Moura)

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  19. JUSSÁRA C GODINHO - JU VIRGINIANA
    CAXIAS DO SUL - RS
    jussarago@hotmail.com

    Sou Gaúcha - Trovas

    Sou gaúcha de verdade
    Verdadeira rio-grandense
    Eu prezo minha cidade
    Digo mais: sou caxiense

    Vou te oferecer amigo
    Um bom churrasco no espeto
    E com orgulho te digo:
    Faço Trova e até Soneto

    Um bom churrasco no espeto
    Para amigo saborear
    Muita Trova e até Soneto
    Só vendo pra acreditar!

    Só vendo pra acreditar
    gente boa de montão
    Vim aqui te convidar
    Pra tomar um chimarrão!


    Vem tomar um chimarrão
    Amigos e companheiros
    Um forte aperto de mão
    Sentimentos verdadeiros

    Jussára C Godinho - Ju Virginiana

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  20. Bem mal

    Partiu com o amor a tiracolo
    Esbanjando felicidade pra todos lados
    O sorriso escancarado maior que já se viu
    Lá pras bandas aonde se foi
    Por onde pisava jardim floriu
    Foi tanta alegria que o tempo ruiu
    Seu grande amor de lá partiu
    Na bolsa maquiagem no sorriso alívio.

    Na mente que abriga o querer
    É preciso entender o equilíbrio
    A morada nem sempre é pra sempre
    Construir sonhos envolvendo pensamentos
    É padecer na memória do além
    Assim como poeira aos ventos
    Pode seguir caminhos jamais alcançados
    Deixando pra traz amor abandonado.

    Jamaveira

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  21. Cafuringa
    Carlos A S Freire
    Piritiba-ba
    54 Anos;
    Tempo de refletir os meus erros;
    Realizar os meus últimos acertos:
    Iniciar o que foram esquecidos e;
    Não parar em corrigir meus defeitos.
    Tempo de repensar em meus irmãos;
    Amar para saber perdoar os nossos pecados:
    Orar para um mundo de paz e amor;
    Incentivar a paz e recuperar os abandonados.
    Tempo de Evangelizar para os caminhos de Deus;
    Orar por aqueles que perderam a fé Cristãs:
    Amar e respeitar os conceitos religiosos;
    Não rejeitar e não julgar o seu próximo:
    Orar pelos nossos governantes aqui na terra;
    Somos os filhos de Deus! e a esperança Cristãs.

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  22. Juarez do Brasil/ Conselheiro Pena- MG
    juarezdobrasil@hotmail.com

    Banho de Chuva

    A água deslizava voluptuosa
    Em teu corpo
    Percorria cada curva e morria no chão
    Deixando tua pele limpa
    Incitando a uma breve paixão

    Cada gota uma sensação
    Como um gato espreitando a presa
    Estava eu diante de ti
    O ar faltava em meus pulmões...

    Só te olhar
    Contemplar tua beleza rara
    Conter a emoção e os desejos
    E esperar outra chuva cair.

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  23. Juarez do Brasil / Conselheiro Pena - MG
    juarezdobrasil@hotmail.com

    Amizade Sincera

    Olhos ao chão
    Tem fome e sede
    O sol queima sua pele nua
    Seus pés descalços
    Continuam a vagar pela rua...

    _ Um pedaço de pão
    _ Apenas um pedaço de pão...
    Olhos cansados e tristes
    Uma boneca debaixo do braço...

    _ Mamãe foi embora
    _ Papai não sei quem é
    Estende a mão suja
    Segura firme e leva o pão à boca
    Agradecida vai embora
    Levando ainda um pedaço
    Para o amigo que dormia...

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  24. Lenir Mattos de Moura
    Arraial do Cabo
    estevaoleninha@arraialweb.com.br

    Anjo Sem Asa

    Começa cedo o dia.
    Compra o pão na padaria,
    Vai correndo e faz o café.
    A casa toda ela arruma,
    Passa a roupa uma a uma,
    Sem deixar uma dobra sequer.

    Meio dia na cozinha
    Prepara a carne e a batatinha
    Tudo isso sempre em pé.
    Nunca para prá sentar
    E a patroa a lhe chamar:
    -Oh! Maria traz o café...

    Todo dia é sempre igual,
    Estende a roupa no varal,
    E correndo, lava o banheiro.
    Faz o lanche e a vitamina,
    Leva pro colégio a menina
    E não para o dia inteiro.

    Varre a casa, corre-corre,
    Todos da casa socorre
    E muito tem que arrumar.
    É do lar a secretária,
    Novinha ou sexagenária,
    Ela nunca pode faltar.

    Rita, Vanda ou Maria,
    Trabalha dia após dia
    Tomando conta da casa.
    Faz da nossa vida, a dela
    É sempre uma pessoa tão bela:
    É nosso anjo sem asa
    (Lenir Moura).

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  25. Lenir Moura
    Arraial do Cabo
    estevaoleninha@arraialweb.com.br

    UM SONHO

    Os pares bailavam
    Absortos a escutar
    O enlevo da música
    Que se espalhava no ar.
    E eu no meu canto,
    Sentindo o encanto
    De ver como é lindo
    Alguém a bailar
    E eu nem queria
    Saber, no entanto
    O que todos estavam
    A comemorar.

    Somente a música
    Enchia o salão.
    Enquanto eu sentia
    No meu coração
    A grande vontade
    De sair a dançar.
    E sem explicação
    Comecei a sentir
    Me invadir a emoção
    Que me fez ser menina
    E tal e qual bailarina
    Eu me pus a dançar.

    Leve no ar, flutuava
    Como uma pluma, suponho.
    E quando no auge eu estava
    E no meio de todos bailava,
    Eu acordei,
    Era um sonho!
    (Lenir Moura)

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  26. Luciene Barrel Tameirão
    Governador Valadares/MG
    lubarrel@msn.com

    Saber Amar

    Saber amar é preciso esforço
    pois o amor é benigno, belo,
    mas como é difícil de tê-lo!

    Saber amar é preciso paciência
    pois o amor é calmo, pacífico,
    mas as vezes se agita e complica.

    Saber amar é preciso conhecimento
    pois o amor compreende, sonda,
    mas é passível de erros.

    Sabre amar é preciso ter fé
    pois o amor é determinado, reto,
    mas talvez se torne distante.

    Saber amar é preciso desprender-se
    pois o amor é solidariedade e doação
    mas pode se tornar mal repartido.

    Saber amar é amar simplesmente
    pois o amor é a pureza da alma
    mas pode se sujar com a dor.

    Saber amar é preciso sentir-se
    pois o amor nasce de dentro
    mas é por fora que se eterniza.

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  27. LIÇÃO PARA SE AMAR BEM
    Autor: José Wilmar Pereira - Itajaí/SC

    Amor: é sentimento máximo
    Paixão: prende, nos fascina
    Desprezo: nunca o esperamos
    Quando vem: derruba, desanima

    Voltar: é sempre perigoso
    Mais vale a pena recomeçar
    Com cuidado, com um pouco de cautela
    Para não ter que novamente chorar

    Na verdade: difícil é perdoar
    Mais todos merecem perdão
    Sem perdão no fundo fica o ódio
    Que corrói maltratando o coração

    Portanto: não ame de qualquer jeito
    Respeito: é importante na relação
    Quando se ama não existe preconceito
    Deixa rolar e florir a emoção

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  28. José Luiz da Luz
    joseluizdaluz@yahoo.com.br

    A partida. (poesia do livro Lira Romântica)

    Dourava a irmãzinha insonte,
    que brincava aos pés do monte.
    Num lago de águas escuras,
    aos cantos das saracuras.
    E sequiosa a mãe que a amava,
    a ela arquejante falava:
    -Criancinha ... enleva não,
    canta aquém, ao coração!
    Puro bálsamo guardada,
    no seio da mãe amada.
    Pois do lago o nevoeiro,
    era um manto traiçoeiro.
    Que trouxe à terra alegria ...
    De alma afeita em simpatia...
    Com seu hálito de amor,
    como a brisa de uma flor.
    Toda feita bonequinha,
    de hálito de princesinha.
    Cabelinhos cacheados,
    qual o sol, eram dourados.
    Com olhos de anjos alados,
    viam um céu, encantados! ...
    No êxtase daquele enleio,
    no sonho daquele seio.
    Do jardim era uma flor,
    que eu brincava com amor.
    Na lama, ao pó, no carvão,
    eu pegava a sua mão.
    E o pirilampo que via,
    era ao breu feio e temia.
    Do estranho ser eu cuidava.
    Oh, meu Deus! ... como eu a amava!
    Pressentia a luz do céu,
    a abarcá-la como um véu.
    Tenros lábios que entreabria,
    mas insonte, só sorria.
    E como um raio em furor,
    entre o colibri e a flor.
    O anjo dos raios de Deus,
    levou-a nos braços seus.
    Eis, um dia a mãe chamou,
    e do lago não voltou!
    -O que terá acontecido,
    para não ter respondido?
    E pobre mãe, que chorando,
    sobre as águas procurando.
    Aconteceu! ... eis deitada.
    Lábios sem vida, afogada!
    Mãe de face desmaiada,
    trementes lábios, mirrada.
    Abraçou-a em seu torpor.
    -Ai meu Deus! ... ai, quanta dor!
    Alva face como a lua.
    No céu, novo anjo flutua.
    -Ai meu Deus! ... ai, quanta dor,
    cortaram a minha flor!
    Qual criança que dormia,
    sob a abóbada jazia!
    Dormiu neste chão imundo,
    para acordar no outro mundo.
    Vê-la alva sobre o caixão,
    fria, explodia emoção!
    -Ai ... que dor ... sobre o altar!
    -Ai ... se pudesse voltar!
    Tão pálida a mãe chorou.
    Tenro ser à luz voou.
    Tornou-se uma estrela amada,
    no céu, fina luz dourada.
    Seu corpinho ao chão dormia,
    mas no céu com Deus sorria.
    -Mãe, irmãos, não chorem ... não!
    Deus segura a minha mão!
    Findou no luzir dos círios,
    a flor no afã dos delírios.
    Partiu ... benzinho! Partiu!
    Eu sei ... foi Deus, quem pediu!
    Pranteou triste o cãozinho,
    farejando o pó, sozinho.
    Uivava da noite ao dia,
    àquela ... foi ... quem sorria.
    Deitou-se no último leito,
    de água a inundar o seu peito.
    A luz da nova aliança,
    levou a linda criança.
    Agora é um anjo de luz.
    Uma estrela que reluz.
    Cheia de céu e de lume,
    exalando o seu perfume.
    Irmã Nelci Teresinha.
    No céu, é uma princesinha.
    Banhada de paz e luz,
    Aos pés de Deus e Jesus.

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  29. Angela Ramalho - Maringá-Pr.
    xavier.arr@gmail.com

    TECENDO VERSOS

    Como um artesão,
    teço a palavra,
    entrelaço aqui e acolá,
    os fios do pensamento.
    Engendro uma trama,
    que fale de alguém que ama,
    que fale do cotidiano,
    que fale de um novo ano...
    Que fale de alguma coisa,
    Banal, trivial, corriqueira,
    dessa vida cheia de fios
    que se interligam,
    se soltam,
    escapam de nossas mãos,
    mas um dia voltam
    com suas histórias...
    Teço versos,
    com eles,
    me abasteço.
    Sou como a aranha que faz sua teia.
    A poesia ferve na veia.
    Tranço as palavras,
    perpasso pontos,
    componho um conto.
    As vezes, não sei o que digo.
    Desconverso.
    Me embaralho com os fios,
    me distraio e assim mesmo...
    teço versos...

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  30. NOME: JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
    CIDADE: SALVADOR
    EMAIL: tropegapoesia@gmail.com
    TITULO: CÓRREGOS DA EPIFANIA

    Sinto Frida Khalo
    Passear pela pradaria dos meus pensamentos:
    Na tela de mim,
    Ela pinta uma mulher sem rosto
    Que faz verter sangue
    Das tetas cor de rubro.


    E do fluido vividamente vermelho
    Assoma e fulgura
    Um cavalo radiosamente negro
    A trotar airosamente ligeiro.


    Ele é um corcel
    Que viaja sob o signo
    Da velocidade da luz:
    O colossal e galhardo quadrúpede
    Traz impresso sobre o seu rutilante lombo
    A imagem de uma velhaca águia gigante voando.


    Ela, a águia,
    Expele vórtices de fogo
    E sorve o betúmico oceano caudaloso;
    Ela, a águia,
    Semeia espigas de ouro,
    Colhendo para si o alcoólico dínamo suntuoso
    E fomentando a fome para o infausto povo;
    Ela, a águia,
    E as outras magnas aves de rapina
    Subjugam o mundo vivaz, pleno, maravilhoso
    E deixam como legado
    O caos, o crepúsculo, a dantesca mansão do vácuo para todos.





    Ah, mas eu só pude sentir A supernova do nosso milenar planetário
    Quando a Frida Khalo
    Fez da minha viagem
    Á inefável esfera dos sonhos
    Seu mais belo, eloquente e audacioso quadro novo.

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  31. NOME: JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
    CIDADE: SALVADOR
    EMAIL: tropegapoesia@gmail.com

    POETA MINERAL
    (ODE A JOÃO CABRAL DE MELO NETO)





    Vicejara da sáfara, da pedra
    Um girassol que se esconde
    No túmulo do empedernido.


    Odeia o transbordamento da cálida água:
    Acha-a frívola;
    Prefere a rasteira tapeçaria, o afagar
    Da mão do cimento e a metálica alvenaria do parco gesto do engendro.


    Pinta a grandeza da secura:
    Exaltando a plasticidade que a molda;
    O aquoso, mádido, translúcido e gélido fogo
    Que flui na corrente sanguínea
    Das estóicas coisas ou pessoas hialinas.


    A poética da observação obsessiva,
    Para ele,
    É plena da mais sábia epifania:
    Ela fica postada
    No píncaro maior
    Da visão cristalina, acuidosa, concisa, plástica, vítrea!



    Não,
    Ele não é exangue oceania.
    Não,
    Ele não é apenas a pétrea açucena que rebenta altiva.
    Não,
    Ele não é tão-só o penedo, o ferino espelho, o Cerrado,
    A Caatinga, o Sertão sem lua nem estrelas, a acrimoniosa SINFONIA.



    Não mesmo, meus queridos amigos.
    Na verdade,
    Embora ele, quando vivo, veementemente refutasse,
    O líquido poeta degusta sim o lirismo:
    O lirismo presente na contemplação sóbria,
    Onde os indistintos matizes do invisível se realçam;
    O lirismo contido na profundidade que aflora
    Da imagem da viril leveza do andaluzo toureiro
    Ou da acre imponência da pernambucana e betúmica cabra;
    O lirismo que se denota na narrativa da fluência de um rio
    Ou que se ressuma na fluidez da serena revolta
    Ora dum povo severino, ora duma gente maganês,
    Que ama, apesar da dureza da navalha,
    Deverasmente a sua lavra.


    Ah, mais do que nunca eu acredito
    Que o árido bardo, compositor da ode ao sol albino,
    É, de fato,
    Um radioso e magnífico
    Poeta lírico!

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  32. DESABAFO
    Autor: José Wilmar Pereira - Itajaí/SC

    Por quantas vezes te presenteei
    Muitas juras de amor fizemos um ao outro
    Passamos horas trocando beijos
    Quantas vezes pronunciamos eu te amo

    Por várias vezes falastes, não vá
    Insistia em pedir-me: fica
    E eu na minha ignorância aliada ao machismo
    Virei às costas e parti

    Parti para novas aventuras
    Tive amores platônicos
    E aos poucos quebrei a cara
    Vivendo completamente hipnotizado
    Dentro de um mundo virtual: irreal

    Quando voltei para a realidade
    Fui te procurar, louco de saudade
    Te encontrei, casada e feliz
    E o que pude fazer? Nada

    Hoje mereço viver o que sou
    Um homem apaixonado por você
    Triste, infeliz

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  33. AUTOR: ROGER AMADO VELOSO
    CIDADE: FEIRA DE SANTANA -BA
    E-MAIL: rogeramado18@yahoo.com.br
    CATEGORIA: POESIA

    Para Santos Dumont

    Não foi uma arma a tua pretensão.
    Não foi teu desígnio utilizá-la
    como tal.
    Em teus sonhos, visionários,
    corria no céu o avião.
    Mas porque corromper um sonho
    tão nobre?
    A brilhante máquina, resgatada
    dos sonhos,cujo barulho,
    das turbinas,deveria dar
    alento e esperança.
    E anunciar o fim das fronteiras
    entre os homens.
    Anunciar aos outros
    que somos todos irmãos.
    Não foi para transportar mísseis
    que tu a inventaste.
    Ou provocar gemido e horror
    com seu rumor mais pálido.
    Não foi para ferir Hiroshima e
    Nagasáki.
    Vias nele o engaste da esperança.
    A união entre os homens.
    Vias um pássaro branco,
    banhado pelo prata,
    com listras douradas,
    no alvorecer de um novo dia,
    ou no fim da velha tarde.
    Pássaro livre e branco,
    de asas abertas, rasgante
    sob o sol de seu engaste.
    Mas os homens teimam em converter
    nossos sonhos em pesadêlos.

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  34. CELLYME - MOSSORÓ-RN
    cely.marry.love@hotmail.com

    GEOMETRIA HUMANA

    Arquitetura orgânica, perfeita
    Na geometria humana.
    Projeto feito sob medida
    Padrões bem definidos.
    Cores preferidas
    Formas que se encaixam.
    Oh! Que sensação!
    Nessa construção do querer
    Medidas exatas que dão prazer.

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  35. CELLYME - MOSSORÓ-RN
    cely.marry.love@hotmail.com

    SAUDADES SEM FIM

    Sua ausência tão presente em minha mente
    Aumenta o desejo de sua presença, insistentemente
    Em todos os momentos do meu dia.
    Sofregamente preciso:
    0uvir sua voz suavemente
    Afagar seus cabelos lentamente
    Beijar seus olhos com ternura
    Sentir seu corpo junto ao meu
    E te entregar o meu amor completamente.
    Sorrir contigo, ser tua menina novamente
    E mais uma vez nos entregarmos à fascinação desse momento...
    Perder-me em ti e te encontrar em mim.
    Ah! mas a vida é assim...
    De vez em quando leva você pra longe
    E deixa-me somente, com essa saudade sem fim.

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  36. JOSÉ HEBER DE SOUZA AGUIAR - CANOAS - RS
    heberaguiar@yahoo.com.br

    MOÇA DE ÁSIA

    n’Ásia ponho meu desejo extremo
    escondido no recôndito do olhar vivo
    da moça bela que sem trela passa
    por meu desejo mais expressivo.
    Ponho-me todo nos lábios carnudos
    daquela moça de Ásia, toda, toda linda
    a quem meus olhos de venerar não cessam
    mesmo quedando-se pasmos e tristes:
    a pele de seda daquela fina alma
    brilha em meu tão sofrido olho;
    é nos escombros dos destroços de seu seio
    que encontro meu desejo oculto.
    Na alma dos dedos fugidios de suas mãos
    ampara-se o desejo de tê-los, suaves, em meu pescoço
    fazendo o carinho sensível, leve e intrigante
    que só um coração imerso em fantasia sente.
    Ó moça de Ásia, nada pode ser tão assim
    sua cruel beleza mata minha castidade
    mas só a bondade que sua existência tem
    pode fazer feliz o que se diz de mim.

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  37. ADEILTON OLIVEIRA DE QUEIROZ - BRASILIA DF
    adeilton.adeilton@yahoo.com.br

    Título: Poesia

    Palavra que lavra o que a imaginação oferece.
    Adeilton

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  38. JOSÉ HEBER DE SOUZA AGUIAR, CANOAS-RS
    heberaguiar@yahoo.com.br

    PROMETEICO

    queria poder apertar-te ao meu peito
    para sentires o calor que me esquenta o corpo
    à noite quando declino meu corpo
    em minha lúgubre cama e deito

    de tristeza e solidão é que sou feito
    minha fragilidade intranqüila expressa-se na cama
    quando penso sem parar em ti, e, na própria cama
    durmo e sonho com teu meigo jeito

    meus sonhos são curtos e meu mundo estreito
    acordo e penso que és a mais pura santa
    vejo só em ti a pureza de uma santa
    e peço a Deus perdão por meu infame desrespeito

    nas noites melancólicas torno-me vulgar sujeito
    perco-me na impureza de meu corpo num teu pensamento
    fujo da minha moral, do meu pudor e do pensamento
    que guardo de mim: sou, então, constantemente desfeito

    como um limitado, não compreendo o efeito
    de minha mudança como da água ao vinho
    para esquecer o que sou deleito-me no vinho
    só no dia seguinte é que outra vez me aceito

    escondo o ser sensível que há em mim, sempre me enfeito
    pois ser fraco, frágil, mostrar como sou
    expressar-me nessa vida não posso, e o que sou
    fica na ingenuidade de quem me tem por perfeito

    viver entre a vagina e a cruz é o que rejeito
    de um dilema moral é que sou constituído
    e assim vivo, tão mal constituído
    sobrevivendo a esse sofrimento prometeico

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  39. NOITE FRIA
    Nesta linda noite fria
    De inverno que se cria
    Sinto Minhas mãos frias
    Ao pegar uma caneta que cria
    Lindos Versos em forma de Poesia;
    Ponho minha mente em ação
    Para ver se acho uma razão
    De escrever algo que fale
    Lá dentro do coração
    Sinto meu rosto mais frio
    Ao entrar desta noite cor de anil
    E continuo escrevendo sem sentir calafrio
    Onde fico pensando se alguém já se descobriu;
    Também começo a pensar se alguém ja sorriu
    Em ver que em outro ser
    Que não tinha nem o que escrever
    Pensou e agiu, tão logo que se descobriu;
    "E hoje apenas independentemente do frio
    que tudo aconteceu, pelo simples passar deslizante
    da caneta nesta folha de papel pode criar linda Poesia".
    Poeta do Partenon Literário (Charles Netto)
    (Também sou um dos autores já selecionados para a Antologia de Poetas Brasileiras Contemporâneas Volume 54, que será lançada no dia 31 de Maio de 2009).
    HTTP://charlesnetto.blogspost.com/
    Título do Blog: Minhas Poesias - Para todos...
    Blig.ig.com.br/Charles netto
    Título do Blig.blog: Poesias Inteligíveis
    Embora ainda não haja um consenso e uma legislação específica quanto à proteção dos websites, de acordo com Douglas Yamashita (in Sites na Internet e a proteção jurídica de sua propriedade intelectual. Revista da ABPI n. º 51, mar. /abr. 2001, p. 29), o site lógico (software) está protegido pela Lei n. º 9.609/98 nos aspectos que sejam relevantes, sendo o registro de softwares efetuado no INPI.Já os textos de obras literárias, artísticas ou científicas, composições musicais, obras audiovisuais, obras fotográficas ou obras de desenho (site virtual) permanecem devidamente protegidos pela Lei n. º 9.610/98, nas condições de obras intelectuais autônomas. Por fim, o art. 7.º, XIII da Lei n.º 9.610/98 protege também a seleção, organização ou disposição do conteúdo de um website (site-mídia). Sendo assim, esta poesia esta registrada na Biblioteca Nacional-RJ(Direito Autoral). Postado por charles netto em 28 abr 2009.

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  40. Agnaldo Tavares
    agnaldopoet@yahoo.com.br


    “saudade é amor na ausência”


    Tu acreditas no destino?... Também não.
    A vida nos traz más e boas amizades!...
    Mas sobressaem as boas amizades que as más!
    Estas são eternas! Sobrevive a tempestades sinistras...

    Muitas vezes somos intrusos, entramos na vida de alguém sem pedir licença
    E quando percebemos já estamos à dividir talheres...
    E quando acostumados não queremos ir embora...
    E quando vamos embora fazemos brotar de dois olhos duas cascatas...

    Quem explica este paradigma?!

    Bons amigos nunca ausentam, estão sempre presentes!...
    Pois o coração onde a verdade fez seu ninho faz se ninho a eternas amizades!...
    Aqui também serve este recado: “o que Deus uniu nada separa”

    Tenho-te amigo (a) no sorriso largo... Nos meus atos cotidianos... No imperfeito e perfeito somos irmãos! E irmãos em Cristo!...

    Pra onde quer que eu siga levo-te comigo no coração choroso... Sabes, vou contar-te um segredo que aprendi da vida: “saudade é amor na ausência”

    Amigo (a), tomo-te à parte comigo e levo-te a contar uma verdade: Tu sabes por que nunca te perguntei se me amavas? Por que acredito em teus gestos; teus olhos sempre me diziam amar.

    Se preferires, amigo (a), tu me amas?...
    Amo-te também... Não por que tu me dizes amar, mas... amo-te por não saber dizer por quê...
    Li estas sábias palavras de um poeta cujo nome não me recordo: “Quem ama nunca sabe dizer por que ama; se disser, é porque não ama”

    Então, se um dia nos apartarmos que não seja agora, porque agora quero me envolver em teus braços e num largo abraço ajuntar tua alma a minha alma...

    Amigo (a), amo-te em Cristo!

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  41. POR FAVOR
    autor: José Wilmar Pereira
    e-mail: josewilmarpereira@gmail.com

    Já caminhei por vielas sem saída
    Numa procura incessante
    O corpo trêmulo, uma só vontade:
    Encontrar-consumir

    Às vezes, viajo por outras dimensões
    Fico tão fora de mim que
    Quando perguntam meu nome
    Respondo: não sei ou maluco

    Tento lutar com todas as forças
    Mas minha dependência pede
    Então cato os últimos trocados
    E corro atrás do combustível
    Cujo nome é droga

    Quantas noites durmo no relento
    Banco de praça, viadutos ou casarões abandonados
    Minha coberta é um jornal
    Sem banho, sem barbear, sem roupa lavada
    Para a sociedade virei lixo

    Os anos passam e a noção do tempo: perdi
    Estou no fundo do poço
    Numa situação difícil da mente humana assimilar
    Preciso de liberdade para o meu vício: não tenho

    Vivo a assaltar lixeiras para matar a fome
    Roubo pequenas migalhas
    Compro o combustível droga
    Para me manter: alucinado

    Já pensei em partir
    Esquecer este mundo e seus padrões sociais
    Quem sabe longe daqui haja um mundo alucinado
    Do meu jeito

    Para minha felicidade não existe
    Mas se ela realmente existe
    Por favor, ajude-me a sair
    Do emanharado que me enfiei

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  42. AUTOR: José Heber de Souza Aguiar
    E-MAIL: heberaguiar@yahoo.com.br

    SURREAL

    sonho por sonho, real por real
    o amor sempre bate à porta
    e bem ou mal, vai e volta
    torto, morto, mas ancorado ao porto
    de vermelho ou verde ou sempre mal
    o amor é o bíblico pai pródigo
    indeciso como a arte de Van Gogh
    surreal

    Canoas - RS, 24/04/2009

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  43. NASCEU
    Autor: José Wilmar Pereira - Itajaí/SC

    A espera nos cansa
    Ansiedade nos deixa triste
    Causando-nos desconforto
    Com a chegada: o alívio
    Fim da espera

    Assim foi a gravidez de Graziela
    Minha filha — um dos meus tesouros
    O nascimento prematuro
    Parto de cesariana
    A chegada

    Foram oito meses de tensão
    Mas em vinte e dois de outubro de dois mil e oito
    Com dois quilos e oitocentas gramas
    Para nossa alegria
    Nasceu Bruno, meu terceiro neto

    Felicidade, alegria, amor
    Sentimentos inigualáveis
    Estamos hiper-felizes

    Bruninho, que Deus te ilumine
    Durante toda tua existência
    Parabéns papai e mamãe

    Que cresças com muita saúde
    Se tornando um homem honesto
    Honrado, abençoado por Deus

    Vovô Bill

    e-mail para contato:josewilmarpereira@gmail.com

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  44. Auristela Fusinato Wilhelm
    Ibirama - SC
    auristelafusinato@yahoo.com.br

    PALAVRAS AO VENTO

    Confidenciei meus segredos ao vento
    Falei baixinho, pra ninguém ouvir.
    E a mensagem, quase um lamento,
    Ele escutou, antes de partir

    Para mostrar-me o caminho a seguir
    Prometeu voltar quando tivesse tempo
    Confidenciei meus segredos ao vento
    Falei baixinho, pra ninguém ouvir.

    A espera é longa, um tormento
    Mas mesmo assim não vou desistir.
    Fosse a vida um jogo, seria passatempo
    Passa o tempo e eu ainda estou aqui
    Confidenciei meus segredos ao vento

    Auristela Fusinato Wilhelm

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  45. Olhos de ver

    Abra os olhos e viva calmamente
    Viva sereno do dever cumprido
    Nem o mais leve, nem um só sentido
    Saia, sequer, do teu sentir latente

    Viva com a alma real, clarividente
    Da crença correndo no pomar florido
    E o pensamento pelos céus nascido
    Como um presságio soberbo e reluzente

    Vai abrindo diário por diário
    Do teu sonho no tempo imaginário
    Na hora tropical dessa sorte imensa

    Viva com teu saber! Na alta confiança!
    De quem triunfou e sabe que alcança!
    Aceitando de toda a recompensa!

    Helen De Rose

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  46. Stela Aparecida Oliveira da Silva17 de julho de 2009 às 13:26

    NÊNIA AO PAI

    Só queria que você pudesse sentir
    a tempestade que destrói tudo dentro de mim
    As lutas travadas, o choro contido, a dor velada
    Tudo aquilo que escondo por trás do sorriso.

    Só queria que você pudesse sentir
    Porque assim, talvez, você entenderia
    Meus olhares vagos, meus instantes calada
    O ar soturno e a névoa lúgubre que enegrece mais meus olhos.

    Só queria que você pudesse sentir
    E penetrar em minha alma. Eu seria sua guia
    evitando que você se perdesse em meio a minha dor
    E assim compreendesse a aparente insanidade
    e toda minha incongruência, a ausência da lógica em minhas ações.

    Só queria que você pudesse sentir
    toda confusão que perturba e machuca
    quando me perco dentro de mim mesma e me desligo do mundo.

    Só queria que você pudesse sentir
    meus medos e visse os fantasmas que me visitam em sonhos
    Que conhecesse um terço de mim e assim
    Percebesse que por baixo da carapaça há um ser tão frágil que ainda precisa da sua proteção.

    Só queria que você pudesse sentir
    Todo o mal que, mesmo sem perceber e exatamente por isso, você me causou
    Desse modo seus olhos se abririam para uma dor maior que sofre muda
    apenas pela sua indiferença.

    Só queria que você pudesse sentir
    A ferida de morte que tenho aberta
    e todas as vezes que curo-me e adoeço, numa continuidade mórbida e atroz.
    Perdôo e simultaneamente arrependo-me,
    Pois, novamente a dor ataca o peito,
    destroça o corpo e a alma numa ferida que nunca cicatriza.

    Só queria que você pudesse sentir
    O toque gelado dos monstros que você mesmo criou
    e que ainda me perseguem.
    As dores das feridas que ainda sangram e das seqüelas irreparáveis das poucas que cicatrizaram.

    Só queria que você pudesse sentir
    num curto espaço de tempo, um pouco daquilo que sinto todos os dias
    quando você me trata com frieza
    Quando sinto toda sua indiferença
    Ou mesmo quando você visivelmente finge sentir amor.

    Seus gestos de carinho são distantes, canastrões e desconcertantes
    Suas palavras são sem emoção
    e quando estou por perto você parece desaprender a sorrir.

    Só queria que você pudesse sentir
    Todo mal que se cria dentro de mim a cada dia
    por saber que seu amor é uma mentira

    E a dor latente, mas prestes a explodir.
    O queimar das lágrimas, já escassas,
    mas que por vezes ainda rolam
    quando uma nova ferida desabrocha
    como uma faca cravada sobre uma velha cicatriz.

    Só queria que você pudesse sentir
    todo o mal que me envenena
    a dor que contamina e a dureza que me domina.

    Só queria que você pudesse sentir
    que a única coisa que eu queria
    era ser sua filha e poder dizer que por isso sou feliz.

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  47. Auristela Fusinato Wilhelm
    Ibirama SC
    auristelafusinato@yahoo.com.br

    ETERNO MOMENTO

    Não eternizei tua partida, fiz eterno um momento:
    Aquele que a antecedeu, imagino que ainda não foste.
    Que demoras propositalmente a preparar tua bagagem.

    Não eternizei aquelas horas, de doloroso tormento
    Em que eu refletia sobre os mistérios da morte
    E esperava que acordasses para não seguir viagem.

    Ainda espero, para te dar e receber o último beijo.

    Que vai durar até nos encontrarmos na eternidade.

    Auristela Fusinato Wilhelm

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  48. José Wilmar Pereira27 de julho de 2009 às 03:56

    MEU RIO GRANDE
    Autoria: José Wilmar Pereira - Itajaí/SC

    Acordo cedito, encilho o cavalo
    Saio a galope pelos campos afora
    Pois me sinto bem na minha querência
    Vivo aqui e não pretendo ir embora

    Após cavalgar venho me achegando
    A prenda no rancho me espera contente
    Com a cuia na mão me dá um abraço
    Me sento ao seu lado e tomo um mate quente

    Foi desde pequeno que me acostumei
    Montar a cavalo, ter lida campeira
    Nasci pras bandas de Uruguaiana
    Ali grudadito juntinho a fronteira

    Meu Brasil é grande, bonito e belo
    Tem vários estados de Norte ao Sul
    Porém eu garanto, não existe beleza
    Igual aos pagos do Rio Grande do Sul

    Meu Rio Grande querido, terra abençoada
    És berço de história e da tradição
    Sou tradicionalista, ando piochado
    Pois o Rio Grande vive, no meu coração

    Fale com o autor: josewilmarpereira@gmail.com

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  49. Thelma Regina Siqueira Linhares
    Recife/PE
    thelmalinhares@gmail.com

    thelMARegina
    Thelma Regina Siqueira Linhares

    encontrei o mar
    brincando com meu nome
    ... sereia... eu?!

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  50. Renata Rimet
    Salvador - Bahia
    rimet2005@hotmail.com


    Euforia

    De coração aberto
    Trago flores
    De forma alucinante
    Mudo meus planos
    Se você me acompanhar
    Serei outra pessoa
    Sim
    Teimosamente determinada
    Não vou continuar sentada
    Esperando o tempo passar
    Abrirei a cortina da vida
    Não importa se errando
    Aprendendo ou amando
    A vida é um contínuo aprendizado
    Em que valores reais são revelados
    Em volta a essa tempestade
    Recolho-me a velha casa
    De súbito, peço apenas
    Mais 24 horas!!!
    Venham me visitar, ainda temos tempo...

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  51. Thelma Regina Siqueira Linhares
    Recife/PE thelmalinhares@gmail.com CONSELHO

    CONSELHO
    Thelma Regina Siqueira Linhares

    Manhãs de domingo.
    Pra que trabalhar? Pernas pro ar...
    Lembrando Ascenso.

    //thelmaregina.blogspot.com/

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  52. Prezados,

    Gostaria de convidar à todos, para conhecerem meu novo blog. Neste, apresento alguns dos meus trabalhos, incluindo, muitos que saíram pela CBJE. Seria uma honra compartilhar meus poemas e contos com todos, além de ouvir suas opiniões. O endereço é http://jwilmar.blogspot.com. E meu e-mail: josewilmarpereira@gmail.com. Abraços.

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  53. Amigas e Amigos poetas,

    Gostaria também, eu, de convidá-los/las a visitarem meu Blog de poesias http://www.joseheber.blogspot.com e meu blog de pretensas Crônicas http://www.josehebersa.blogspot.com.

    FRATERNALMENTE, José Heber de Souza Aguiar

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  54. José Heber de Souza Aguiar
    Canoas - RS
    heberaguiar@yahoo.com.br

    SOBRE A BREVIDADE DA VIDA

    não temos domínio do tempo e da vida
    não conhecemos o segundo que passa
    não conhecemos a dor que transpassa
    em angústia, o dia porvir de cada vida

    não conhecemos a dor da hora e da vida
    do homem boêmio que morre louco
    em angústia, por não muito pouco
    perder-se em si o gosto pela vida

    passa o tempo num dia de uma vida
    passa-se a hora no sentimento perdido
    da dor do não, dispensado ao mendigo
    da dor da morte a orientar a vida

    Canoas - RS, 04 de Setembro de 2009

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  55. Regina Maria Maximo
    Rio de Janeiro/RJ
    maximor@ig.com.br

    Opções
    Se não tenho o mar
    fico com o rio;
    Se não tenho o sol
    fico com a chuva;
    Se não tenho a lua
    fico com a penumbra;
    Se não tenho as estrelas
    fico com os pirilampos;
    Se não tenho a neve
    fico com o orvalho;
    Se não tenho as flores
    fico com as folhas;
    Se não tenho o ouro
    fico com a prata;
    Se não tenho você,
    só me resta a saudade.

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  56. *Fátima Mota*
    Natal-RN
    fa.arteira@hotmail.com

    Do tempo

    Sobre a mesa uma história azul
    história que as hortênsias contam
    enquanto eu canto e escondo o pranto.

    Sobre a mesa jaz uma pena, chora o poema.
    Desidratadas, as flores permanecem
    e a poeira agora é companhia.

    Sobre a mesa uma hortênsia, uma história

    sob a mesa meus pés descansam para um novo dia.

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  57. José Heber de Souza Aguiar
    Canoas-RS
    heberaguiar@yahoo.com.br

    JANELA DO TERCEIRO ANDAR

    debaixo da janela do terceiro andar
    esbarram-se corpos soerguidos
    esvaem-se projetos, ideais e emoções
    debaixo da janela do terceiro andar

    lá fora, longe da janela do terceiro andar
    o formigueiro humano sonha
    derramam-se lágrimas de sofrimento humano
    lá, longe da janela do terceiro andar

    ao alto, à janela do terceiro andar
    há um olhar atento e atônito
    observando os passos de todos que passam
    à janela do terceiro andar

    filosofando da janela do terceiro andar
    deparo-me soerguido
    atento a todos os movimentos humanos
    da janela de minha alma

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  58. Sem respostas

    O que será
    da vã ilusão
    se abr'olhos
    visto o desencanto
    e arranho a sagrada fé
    se ao amor
    ensejo o desencontro
    devolvo ao tempo
    a esperança
    e desassombro
    o tolo sentimento.

    O que farei
    se um dia
    ao olhar o céu
    não mais conseguir
    contar estrelas?

    Fátima Mota

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  59. Thelma Regina Siqueira Linhares
    Recife/PE thelmalinhares@gmail.com
    CONSPIRAÇÃO

    CONSPIRAÇÃO
    Thelma Regina Siqueira Linhares

    Mãos humanas más
    levaram vidas felinas
    lindas
    que agora miam
    mais perto da lua.

    25/09/2009

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  60. Ionita Pereira
    Sapucaia do Sul/RS
    ionitapereira@yahoo.com.br

    Dependência

    Ai! Que dor quando tu vais!
    O vazio no peito é do tamanho do Universo...
    Se tu ficasses e brilhasse no meu dia,
    E guiasse-me, sendo minha estrela, na noite...
    Seria fácil viver a sua luz!
    A minha sombra, sábia sombra, foge de ti...
    Mas, eu, coração ingênuo, coração inocente,
    Busco-te como a mariposa busca a luz!
    E morro por ti, todo dia
    E volto no seguinte, esperançosa do teu amor!
    Por que me deixas aqui
    Sendo que podes ficar comigo?
    Para sempre
    Juntos na vida, sonho, alegria...
    Deixar-me viver somente do amor,
    Da felicidade de estar junto a ti...
    Dentro de ti, contigo, para ti...
    Sempre... sempre... e sempre...

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  61. José Heber de Souza Aguiar
    Canoas-RS
    heberaguiar@yahoo.com.br



    só, me vejo
    e me encontro

    só, nu, sou
    e pronto!

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  62. POR DO SOL AO SOM DE RAVEL
    Mercêdes Pordeus
    Recife/PE
    mercedes.pordeus@gmail.com


    Aproxima-se as cinco horas da tarde
    Palco preparado, todos à espera do momento.
    O violinista,o saxofonista pareciam cronometrar
    O momento exato do Bolero de Ravel executar.

    Nesse contexto, uma grande expectativa
    Todos à espera que ao início do toque
    O grande Rei Sol, fosse paulatinamente
    Deitando-se, até descansar quase indolente.

    Ali estavam pessoas de diversas localidades
    Que visitando João Pessoa, na oportunidade
    Jamais poderiam perder tão belo espetáculo
    De beleza singular... Os olhares direcionados.

    Pessoas cujos olhares traziam a alegria
    Para outras trazia à mente melancolia,
    Talvez por lembrar de alguém que partia
    A saudade se aproximava e o peito sofria.

    Alegrias, expectativas e até pressentimentos
    Eram tantos os sentimentos naquele momento.
    Porém, independente deles, a beleza prevalecia
    Da bela estrela que nos dera a luz durante o dia.

    Pensamentos absortos, outros, porém atentos
    Todos ali permaneciam com mesmo intento
    Enquanto isso percebiam as águas do belo rio
    Vez em quando beijar o cais já quase sombrio.

    De repente ressoam em sintonia, os sons se espalhando
    Começava a entoar o saxofonista num pequeno barco
    O violinista por entre aqueles que olhavam atônitos
    O lindo e tão esperado por do sol, ao som de Ravel.

    Como em sintonia começaram, assim terminaram
    E concomitantemente os raios do rei descansaram
    Esperando a próxima alvorada para o renascer
    E mais um dia recomeçar e assim resplandecer.

    Depois o violino emanou o som da “Ave Maria”
    E assim terminou aquele dia, mais um dia
    Na Praia do Jacaré, cuja beleza sempre trazia
    Diariamente, em João Pessoa, aquela primazia.

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  63. Marina Moreno Leite Gentile
    Salvador - Ba
    dagazema@gmail.com

    RECADO PARA OS PAIS...

    Pai,
    Você permanece sempre ocupado,
    Tão envolvido no trabalho, nas contas,
    Parece que tudo e “importante” para você,
    Menos ...eu.

    Paiê,
    Estou iniciando a adolescência !
    Quero acompanhar você quando for ao mecânico, ao banco,
    Ser seu parceiro no esporte, em tudo que for possível.
    Quero aprender com você !

    Meu velho,
    Não me cobre futuramente
    O “ tempo” que não tens para mim
    O que não fez ontem, o que não faz hoje!

    Paizao,
    Você sabe o que tem para ensinar-me?
    Você conhece a medida do meu amor ?

    As vezes as pessoas que mais amamos
    são as que mais nos magoam,
    Pensam.....que conosco podem gritar,
    silenciar sem cerimônia.
    O pior de tudo,
    Alguns pais consideram que suprir as necessidades materiais e’ o suficiente!
    Alguns ...se omitem disto também !

    Pai nosso que esta no céu,
    Santificado seja o seu nome.

    Pai que esta na terra,
    Esteja comigo.

    Existem alternativas para ser pai HOJE.
    Não espere quando for VOVÔ

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  64. A CRIANÇA E SEUS DIREITOS VIOLADOS
    Mercêdes Pordeus
    Recife/PE
    mercedes.pordeus@gmail.com

    Denominam-te de criança esperança
    Em tuas mãos depositam a confiança,
    Para um mundo melhor construires
    No entanto, esquecem de te fazer criança.

    Criança que brinca, estuda, se alimenta e sorri
    E que nessa esperança ao vil mundo se lança,
    Pedem que a ti não se dêem esmolas
    Que te seja dada cidadania. Qual cidadania?

    Porém a própria sociedade torna teu direito utopia
    Cada dia mais longe estás, criança, vivendo uma alegoria
    Em teus olhos permanece sim, a dura melancolia
    De te lançares ao mundo em busca do prometido no dia a dia.

    Ver-te dormir embaixo de pontes, viadutos, nas calçadas
    Como te negar uma esmola, à espera que te concedam cidadania?
    Saciar-te a fome é preciso, necessidade imediata.
    Que fizeram dos teus estatutos, criança abandonada?

    Ver-te jogada ao léu, acompanhar o descaso aos teus atributos
    Oh! Deus Onipotente, Onipresente e Onisciente!
    Vela por essas crianças, nas suas vidas fazei-te presente
    Na atual conjuntura, são pessoas inocentes e carentes.

    Nós, como pais que a nossos filhos podemos educar
    Comprar-lhes presentes e nesse dia comemorar,
    Supliquemos ao Senhor: Velai por nossos filhos
    Velai e protegei também aqueles pequeninos.

    Jogados ao relento, crianças violentadas desde cedo
    Moral e fisicamente quando tentam a sobrevivência
    Na busca de que lhes dêem um trocado por uma bala
    Ou, no intento de limpar um pára-brisas.

    Sociedade ainda vil e má que mesmo assim
    Quer levar vantagem sobre elas,
    Deus, continua protegendo nossos filhos
    Mas, olhai principalmente por estes pequeninos.

    10/10/2004

    Publicado em:- 1ª Antologia Literária do Grupo Ecos da Poesia “O FUTURO FEITO PRESENTE, (2005) 27 autores, 4 países, apoio do Jornal Mundo Lusíada e Casa de Portugal em S.Paulo. ISBN 85-9051170-1-2

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  65. A VIDA É ASSIM...

    Meus filhos amados,
    Deus nos criou livres,
    Dotados de uma imensidão de maravilhas,
    A melhor delas: a Vida.
    Deus criou tudo, inclusive ....vocês.

    Deus nos deu a capacidade de enxergar,
    A possibilidade de ouvir,
    De caminhar, falar,
    Tudo ele proporcionou para desfrutarmos.

    E depois que Deus criou tudo,
    Ele concedeu livre arbítrio para cada um de seus filhos,
    Para que decidam suas opções.
    Assim, a nossa vida se qualifica com escolhas.

    Independente de qualquer coisa, nós os pais....
    Desejamos que voces sejam pessoas do bem,
    Éticos, responsáveis, dignos, justos,
    Nossa maior recompensa na vida.

    Obrigada.... Deus pela grandiosa benção que são meus filhos.

    Como nada é coincidência na vida,
    Desde meus tataravós ocorrem despedidas, sem exceção,
    Agora chega a minha vez.

    Sigam com Deus meus filhos, o importante é ser feliz.
    A vida é assim....








    E como nada é coincidência na vida,
    Meus bisavos ...despediram-se de seus pais em outro continente
    Meus avos ..........despediram-se de meus pais, também partiram para longe
    Meus pais............despediram-se de mim la em S.Paulo
    E agora chega a minha vez....

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  66. O JOVEM PROMISSOR DA MINHA RUA


    Na minha rua residia um jovem lindo,
    Próspero, educado, estudioso, trabalhador,
    Bom filho, bom irmão, bom amigo,
    Um jovem verdadeiramente promissor.

    Era um exemplo para qualquer pessoa,
    Todo pai ou mãe desejava semelhante filho.
    Nada faltava para ele.

    Inesperadamente partiu
    Sem se despedir
    Atribui-se a chamada especial de Deus.

    Indignação, inúmeros questionamentos,
    Entre os quais:
    Por que justamente ele meu Deus?

    A despedida precoce de um jovem tão especial
    E’ algo que apenas os iluminados espiritualmente
    Compreendem.

    Meu amado VJ
    Você voa como um pássaro,
    Vibrando uma liberdade jamais ousada.

    Vida eterna para você!
    Saudades!

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  67. Arnoldo Guimarães dos Santos Pimentel Filho
    arnoldopimentel@gmail.com
    arnoldopimentelfilho@hotmail.com

    ABISMO

    Eu sou um grito
    Um grito seco
    E surdo
    Você é incerteza
    Liberdade
    Sempre presa
    Somos conflito
    Sem grito
    Sem ponte para atravessar o abismo
    Somos amanhã sem sorte
    Vida que escapa
    Feito sangue
    Pelo corte

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  68. Marina Gentile - Salvador-Ba
    dagazema@gmail.com


    O ditador da fé

    Ditador
    Seu braço não abraça, afasta,
    As palavras idem,
    Insiste em condenar.


    Tal incompreensão maldita
    Apoiada em preconceitos,
    Dogmas, ignorância,
    Ao pecado tudo e todos remete.


    Sofrem entes queridos,
    Filhos,
    Cônjuges,
    Algemados por seus condenadores religiosos.

    Só o amor constrói.

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  69. Marina Moreno Leite Gentile
    Salvador-Ba
    dagazema@gmail.com


    O Sítio de Franco da Rocha-SP

    Saudades, quanta falta daqueles bons tempos,
    Íamos caminhando da estação de trem até o sítio,
    Saudando as pessoas que encontrávamos no caminho,
    Foram bons dias.

    E quando íamos de ônibus tipo jardineira,
    Galhos adentravam nas janelas, se envergavam,
    Pula-pula jardineira,
    Quanta poeira.


    Quando íamos de charrete, contemplávamos a natureza,
    Sobretudo os pássaros,
    As águas dos riachos.

    Desejavam o progresso,
    Ele veio com as consequencias,
    As matas ficaram perigosas,
    Os riachos se tornaram esgotos.

    Nem charretes,
    Nem os antigos ônibus tipo jardineira,
    Nem as caminhadas, nem as pessoas de confiança,
    O tempo levou tudo, somente as recordações sobrevivem.

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